Como os avanços tecnológicos irão remodelar a experiência do aluno
À medida que o mundo acelera para 200 km/h, aqueles que trabalham na industria do ensino superior não podem olhar para o passado. É Preciso olhar para o futuro, para o horizonte, ver o que está acontecendo examinando os sinais “fracos” e “fortes” para determinar padrões e, em seguida perguntar:
Se essas tendências continuarem, como vamos responder a elas?
Quais estradas queremos viajar e quais estradas queremos ver os outros seguirem?
Como podemos sair das rodovias lotadas e entrar em estradas novas/desocupadas?
Para esse fim, esta postagem se esforça para transmitir algumas direções possíveis para onde as instituições de ensino superior estão se dirigindo em um futuro não tão distante.
O cenário do ensino superior continua a mudar constantemente, ele ainda está no estágio embrionário de mudanças massivas e essa indústria está pronta para a disrupção. As formas contínuas que essas mudanças assumem – e o nível de interrupção que ocorre – podem variar de acordo com o tipo de instituição ou organização envolvida e se é pública ou privada. No entanto, o nível de ruptura também pode estar relacionado à tenacidade com que se apega ao status quo – uma tática perigosa nos dias de hoje.
Digo perigoso para aquelas instituições que continuam apegadas ao seu status quo, aquelas que não gostam de reconhecer o fato de que se mantém estáticas no modelo do ensino superior tradicional. Quanto mais elas tentarem permanecer as mesmas, menos relevantes elas se tornarão.
Hoje é fácil notar o aumento do uso de consórcios e o agrupamento de recursos para atingir os objetivos de uma instituição de educação (e até a própria sobrevivência).
Certamente veremos em breve novos modelos de negócios se desenvolverem.
Certamente veremos mais instituições fecharem as portas, fundirem-se completamente com outras e/ou alterarem significativamente sua missão/visão ou serem absorvidas por megas organizações multinacionais.
Além disso, aqueles que trabalham no ensino superior devem perceber que, na verdade, estão no controle de poucas coisas. Por exemplo, entre essas coisas, não controlam:
As legislaturas federais e estaduais quanto aos financiamentos que serão alocados para instituições de ensino superior
O mundo da tecnologia – como a Inteligência Artificial, Internet das Coisas (IoT), Machine Learning, Realidade Aumentada, impressão 3D e outras tecnologias emergentes
Como será a economia n o resto deste ano e nos próximos anos
Quais carreiras estarão em demanda daqui a 5 a 10 anos
Assistimos quanto a Internet afetou significativamente outras indústrias e agora é a vez das instituições de ensino.
Ao olhar para o futuro do ensino superior para a maioria dos alunos em todo o mundo, a internet tem e continuará a ter um efeito significativo sobre o que é possível. Uma tendência que provavelmente continuará é o custo decrescente de obtenção de um diploma e/ou os custos envolvidos na aquisição das habilidades necessárias para obter um emprego com remuneração decente.
Tecnologias e/ou capacidades prováveis:
Para os campi e espaços de aprendizagem:
Telas e paredes grandes, multitoque e interativas que podem não apenas exibir informações, mas que permitem que vários alunos troquem simultaneamente arquivos, URLs e outros recursos
Canais de comunicação mais potentes à medida que a banda larga sem fio amadurece significativamente
A capacidade de aproveitar de forma mais eficiente/poderosa as contribuições dos alunos por meio do crescimento e da integração das iniciativas Bring Your Own Device (BYOD) e Bring Your Own Technology (BYOT) Aumento do uso de robótica, impressão 3D, realidade aumentada, comunicações máquina a máquina (M2M) e diferentes tipos de interação homem-computador (HCI)
Mais escolha, mais controle
Maior uso de atribuições/problemas/questões do mundo real que precisam ser resolvidos
Para a sala de aula virtual:
Aprendizado onipresente 24x7x365
Um aumento significativo no número de formatos/pontos de venda onde os alunos podem trocar arquivos, URLs e outros recursos, produtos e serviços.
As tecnologias envolvidas na algoritmia e Machine Learning, no SIRI da Apple, no Google Now/Drive, se integrarão fornecendo curadoria automática personalizável, o que tornará mais possível utilizar-se dos fluxos de conteúdo que serão disponibilizados.
Esta área também inclui:
Aproveitar o poder da análise de aprendizado
Melhorar o uso de agentes de aprendizagem, inteligência artificial, perfis de alunos baseados na web e sistemas/tutorias inteligentes
Explorar as Smart/Connected TVs, que liberarão ecossistemas inteiros baseados em nuvem de materiais digitais originados de recursos educacionais abertos e editores, bem como de outros alunos
Métodos para permitir que alunos remotos acessem o que está acontecendo em um espaço físico, incluindo métodos de acesso a alunos móveis
Métodos de acesso a outras redes, comunidades de prática e espaços de aprendizagem com base física
Aumento do uso de realidade aumentada, narrativa transmídia e digital, “livros didáticos” interativos, jogos educacionais, diferentes tipos de interação homem-computador (HCI) e comunicações máquina a máquina
Mais escolha, mais controle
Maior uso de atribuições/problemas/questões do mundo real que precisam ser resolvidos
Para os espaços de aprendizagem combinados:
Uma combinação das tecnologias, tendências e oportunidades acima, usando diferentes pedagogias
Mais escolha, mais controle
Níveis mais altos de interatividade
Maior uso de atribuições/problemas/questões do mundo real que precisam ser resolvidos
O futuro já chegou também para a área de educação e, em especial, para as instituições de ensino superior que não só tem a missão de formar, mas também de produzir inteligência, serem fontes inesgotáveis de pesquisa e serem referência de áreas de ensino. Independentemente de que esses itens exatos ocorram, recomendo que todos os envolvidos coloquem os cintos de segurança, porque esse será um passeio e tanto!