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  • Foto do escritorLarry Sackiewicz

O Futuro das Fintechs


Na última década, a indústria de FinTechs experimentou um crescimento significativo. O mercado global foi avaliado em cerca de US$ 7,3 trilhões em 2020 e deve crescer a uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 27% até 2026, de acordo com a Research and Markets, com o aumento dos investimentos em soluções baseadas em tecnologia, regulamentos governamentais de apoio e a crescente adoção de dispositivos de Internet das Coisas (IOT), entre outros fatores.


Mas as coisas mudaram drasticamente. Ao longo da última década, o capital de risco privado disparou, assim como a parcela dos investimentos em fintechs. A fintech encontrou seu lugar na economia da inovação e cresceu tanto que se tornou cada vez mais difícil distinguir a comunicação exagerada da realidade. Ao longo dos últimos anos, chatbots e inteligência artificial, blockchain e ativos criptográficos, roboadvisors e neobanks e uma infinidade de outros sintomas de digitalização se tornaram palavras de ordem na mídia comercial.


Grandes bancos globais criaram braços de empreendimentos corporativos e incubadoras digitais, investindo, adquirindo ou copiando soluções de empresas emergentes. Globalmente, as empresas de tecnologia do leste lançaram superaplicativos de mensagens com centenas de milhões de usuários e serviços financeiros incorporados, superando o potencial das jurisdições reguladas pelo ocidente. As empresas de tecnologia americanas também se aprofundaram, encontrando maneiras de fornecer produtos financeiros sem tocar no emaranhado rito da regulamentação.


Para os fundadores de fintechs globais, o Brasil é o equivalente à Terra Prometida. O mercado bancário brasileiro é complexo, sofisticado e com muitas regulações. No entanto, essas aparentes dificuldades para competir são compensadas pelo potencial do mercado e pela margem de lucros. O brasileiro, segundo me consta, gosta de aprender a usar novas tecnologias, o que facilita a vida das fintechs. Elas teriam por aqui um mercado de 34 milhões de pessoas ainda sem acesso aos serviços bancários, segundo dados do Instituto Locomotiva. Para completar, as autoridades estimulam a concorrência desde 2013, quando o Banco Central mudou a lei e permitiu os arranjos de pagamentos. Desde então, surgiram 1.158 startups financeiras até 2021.



Do produto ao consumidor

As finanças são muito mais simples do que se imagina. Existem fábricas que fabricam produtos — bancos que mantêm depósitos com taxas de juros, ou gestores de investimentos que criam fundos de investimento, ou credores e seguradoras que subscrevem algum risco do cliente com capital. Depois, há as lojas que vendem o produto — agências bancárias, consultores financeiros, vendedores de seguros ou agentes de crédito. Entre esses dois extremos estão complexas cadeias de valor de humanos, balanços e software, entrelaçados por regulamentos e hábitos da indústria. Mas, no final das contas, os clientes visitam uma loja e compram alguns produtos financeiros.


O impacto da digitalização

A digitalização está acontecendo em toda a cadeia de valor. No front office, os relacionamentos com o consumidor estão saindo das conversas físicas para os telefones celulares. Exemplos incluem neobancos europeus como Revolut, consultorias financeiras americanas como Betterment ou insurtechs asiáticas como a Ping An.


A automação bruta está sendo aplicada ao processo de avaliação, integração e atendimento ao cliente. Interfaces mais especulativas usam aprendizado de máquina, Inteligência Artificial e processamento de linguagem natural (PNL) para gerar bate-papo e fala, em vez de permitir que as pessoas interajam com um agente ao vivo.


Essa automação direta resultou em uma enorme concorrência vertical entre vários setores da indústria, à medida que eles giram para agrupar e vender seus serviços. Por exemplo, o melhor credor digital agora está competindo com o melhor aplicativo de pagamentos digitais pela chance de oferecer a melhor conta bancária digital.


Fintech direto ao consumidor

Investidores como o JP Morgan investiram bilhões de dólares em fintechs diretas ao consumidor pela chance de atender o cliente millennial atualmente não lucrativo (aqui o Brasil compraram 40% do C6 Bank).


Muitos aplicativos móveis têm milhões de pequenas contas como seus clientes. Os investidores financeiros tradicionais estão céticos de que a economia desses negócios possa funcionar no longo prazo e devolver capital.

Para tornar as coisas ainda mais competitivas, grandes incumbentes como o próprio JP Morgan, Goldman Sachs, Banco Bilbao Vizcaya Argentaria, Banco Santander e outros lançaram novas abordagens em seus produtos, soluções lideradas. Bancos digitais e consultores de investimentos são a regra, não a exceção.


A segmentação também é uma característica diferenciadora das fintechs em contraponto aos bancos tradicionais. Empresas como o EDANBANK por exemplo miram os empreendedores e os empresários trazendo uma nova estratégia de segmentação para esse mercado.


A automação direta resultou em uma enorme concorrência vertical entre vários setores da indústria. O melhor credor digital agora está competindo com o melhor aplicativo de pagamentos digitais pela chance de oferecer a melhor conta bancária digital.


Do cliente à plataforma

As soluções digitais pontuais são um bom começo, mas não são o destino de nossa jornada de fintech. Quando você precisa comprar aspirina para uma dor de cabeça, você não vai à loja de aspirina. Você vai ao supermercado ou à farmácia, que tem milhares de produtos em oferta. Da mesma forma, as plataformas sociais e de comércio eletrônico de hoje oferecem milhares de recursos para seus clientes.


Agregação de dados

O advento das Interfaces de Programação de Aplicativos financeiros, alimentadas por sites de agregação de dados permitem que dados bancários e de investimento viajem por diferentes destinos.


As empresas financeiras que alugam suas licenças, cartas e balanços para empresas de tecnologia foram faturadas como bancos como serviço (BAAS). Eles permitem que qualquer experiência de distribuição inclua recursos financeiros relevantes. Isso é um desafio para os operadores tradicionais, que estão acostumados a fabricar produtos e empurrá-los para as pessoas por meio de canais de vendas. Em vez disso, os consumidores agora interagem com as finanças nos limites de sua experiência.


A Tesla e a Honda oferecem seu próprio seguro de carro, a Magazine Luiza ajuda os seus clientes a obter empréstimos, ou seja, você não precisa mais procurar financiamento nos bancos tradicionais porque agora ele está largamente disponível no ponto de venda.


Genéricos Financeiros

Estamos chegando rapidamente à era dos genéricos financeiros. Assim como o Carrefour pode vender tanto o produto de marca quanto o equivalente genérico, ele deve ser capaz de vender um produto financeiro genérico.


Eles são o equivalente aos smartphones sem marca da Foxconn por exemplo, construídos usando os aprendizados do iPhone. À medida que o mundo das finanças se torna exposto e transparente, em grande parte por meio de agregação de dados e infraestrutura baseada em blockchain, soluções genéricas baratas provavelmente proliferarão.


Reconstruindo a Manufatura

Historicamente, a fabricação de produtos financeiros era um ofício de alto nível suportado por software sob medida. Assim como a Capela Sistina foi uma obra de arte no auge da habilidade humana, os sistemas bancários centrais e as plataformas de gerenciamento de patrimônio são soluções altamente arquitetadas e personalizadas.


No entanto, a pintura de retratos não teve chance diante da invenção da câmera. Da mesma forma, a infraestrutura financeira de hoje vê um desafio fundamental na forma de finanças nativas de blockchain.


“Hoje muitos bancos estão fazendo parcerias com empresas FinTech para aprimorar suas ofertas de serviços. As instituições financeiras estão percebendo que a fidelidade à marca dos consumidores está diminuindo, enquanto a demanda por velocidade, precisão, transparência e mais tecnologia está aumentando.”

Tecnologia Blockchain

Ao contrário do chassi legado, que é diferente para cada empresa (ou fornecedor de tecnologia como a Fiserv), o novo vem com mecanismos integrados de liquidação, escassez digital, abertura de conta e movimentação de dinheiro, negociação e subscrição.


Todos os anos, bilhões são gastos por mineradores de criptografia para fornecer proteção de dados e segurança cibernética, e milhares de desenvolvedores de código aberto aprimoram regularmente o software para todos os usuários.


Enquanto os mercados de hoje ainda estão obcecados com os atributos financeiros do Bitcoin, as redes de blockchain programáveis ​​do futuro, como o Ethereum, estão reinventando padrões de dados e primitivos para criar uma fábrica de finanças mais eficiente.


As primeiras implantações dessa nova visão de finanças já demonstraram funcionalidade em pagamentos, bancos, investimentos digitais, gestão de ativos e empréstimos. Embora incipientes, esses sintomas nos mostram como instituições maiores podem adotar inovações e redesenhar suas indústrias.


As principais barreiras para essa transformação são a regulamentação e a lei, que são escritas em resposta à forma como as indústrias se formaram no passado. Embora a regulamentação seja absolutamente necessária, você não pensaria da mesma maneira sobre a regulamentação de um cavalo e um carro. Portanto, as geografias que são mais rápidas para essa realização verão os maiores benefícios do salto na infraestrutura.


As fintechs já tiveram o seu boom. Agora os bancos estão se recuperando do impacto mercado-tecnológico, embora muitos tenham perdido a batalha sem saber e outros se renderam e fizeram as suas próprias fintechs.


A estrada à frente

Os serviços financeiros, como tantos outros aspectos da economia global, foram drasticamente impactados pela pandemia. Desde o início da pandemia as FinTechs tiveram que aprender a liderar, navegar e interromper o setor de serviços financeiros durante um período de turbulência considerável.


O aumento da dependência da tecnologia estimulou os consumidores a gravitar em direção aos serviços FinTech para atender às suas necessidades financeiras. À medida que o mundo começa a superar a pandemia, o setor deve continuar moldando o cenário financeiro no futuro.


As startups financeiras são um fenômeno global. Uma pesquisa da CBInsights mostra que os investimentos nessas empresas bateram um recorde em 2021, chegando a US$ 132 bilhões. O valor quase triplicou em relação aos US$ 49 bilhões de 2020. Só no quarto trimestre de 2021 foram destinados US$ 35 bilhões para fintechs. Com isso, o rebanho de unicórnios – as empresas avaliadas em mais de US$ 1 bilhão antes da abertura de capital – cresceu 108% no ano passado, chegando a 235. E ainda 12 fintechs chegaram ao status de "decacórnio", com valores superiores a US$ 10 bilhões. Neste cenário, o Brasil alcançou a liderança na América Latina, segundo o relatório “2021 Global Fintech Rankings”, da empresa de pesquisa Findexable.


O Brasil ocupa hoje o 14º lugar no ranking global, depois de ter avançado cinco posições apenas no ano passado. Já existem 225 fintechs de crédito no Brasil, representando 17,5% de todo o ecossistema de fintechs, que totaliza 1.289 empresas; Elas atraíram mais de US$ 726,6 milhões em investimentos em 2021 e 2022 (até 31/03/2022).


Essa rápida evolução justifica o interesse pelo segmento financeiro no Brasil. As fintechs se tornaram muito importantes por oferecerem mais acesso aos serviços financeiros e ao crédito. Agora, cabe ao nosso órgão regulador manter esse cenário de livre competição.


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